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Poesias-->RECORDAÇÕES DE VILA RICA -- 07/09/2000 - 11:30 (Nelson de Medeiros Teixeira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Desponta longe alvissareira a Vila Rica,

a Vila Rica dos garimpos, das quimeras...

E sinto bem que toda a angústia que me fica,

nada mais é que só lembrança de outras eras...



E ganho as ruas muito estreitas, muito antigas,

tão bem ao gosto dos poetas melancólicos,

e cada casa, cada pedra são cantigas,

a ressoarem dentro d!alma em sons bucólicos...



E vejo bem o antigo Paço iluminado,

o atropelar de mil cavalos portentosos,

e sinto n!alma aquele impulso inusitado,

de mergulhar naqueles tempos tão ditosos...



Se me depara de repente antiga fonte,

qual sombra linda, da saudade a própria filha,

e me ressurge, alcandorada, em meio à ponte,

o porte esbelto da figura de Marilia...



Em sua fronte resplandece imaculado,

halo doirado, emoldurando um camafeu,

e dentro dele, qual brilhante lapidado,

eis ressurgida a nova imagem de Dirceu...



Vou prosseguindo na viagem fascinante,

qual navegante que se lança mar a frente,

e num instante, eis que me sinto num levante,

qual fosse mesmo um valoroso inconfidente...



Revejo em sonho os companheiros que se ufanam,

E quais heróis buscando louros que os consagrem,

Soltam do peito o grito ardente em que reclamam:

Oh! Pátria amada, “Libertas quae sera tamen”...



E num lampejo sinto então que a praça antiga

é bem a mesma de mil cores reluzentes,

e num esforço é bem provável que eu consiga,

rever garboso o legendário Tiradentes...











Vejo moçoilas em vestidos de brocado,

que alvinitentes, sob a luz dos lampiões,

trazem de volta os cancioneiros do passado,

os candeeiros, as varandas e balcões...



E torno tonto mergulhado do passado,

a rebuscar um tempo antigo tão presente,

e a nostalgia que me envolve é meu legado,

daquele tempo com meu tempo condizente...



Mas quem me escuta?, quem me entende? Quem me sente?

Quem me acompanha nestes doces devaneios?

Somente a Musa que assenhora a minha mente,

Somente os Vates nos seus versos sem receios...



Nelson de Medeiros Teixeira

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