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Poesias-->MÃE SOLTEIRA -- 11/04/2003 - 10:17 (Daudeth Bandeira) |
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M Ã E S O L T E I R A
Daudeth Bandeira
Eu não a conheço, nunca pude vê-la
Não tive o prazer nem a desventura,
Por não ter andado à sua procura
Eu tenho razões de não conhecê-la
Porém, imagino o feitio dela
Quiçá, uma deusa, moro num castelo
Só de ano em ano o seu corpo belo
É sumariamente visto na janela
Elegantemente numa conferência
É outra maneira de imaginá-la
Sendo recebida nos salões de gala
Com um tratamento de vossa excelência
Não, não é assim, isso é exagero,
Ela deve ser uma executiva,
Uma jornalista, uma artista, "viva",
Que conquistou fama pelo mundo inteiro.
Ou será que ela é a velha fada,
Que anda no selim do vento,
Só dorme na hora do esquecimento
Só chega na hora que é convidada
Na filosofia, ainda é perfeita,
Há a mesma essência no ingrediente
Porém libertou-se do recipiente
Tornou-se uma "hippie" de "cabeça feita"
Vem batendo recorde em conhecimento
Na mais alta corte seu nome flutua
E nos bate-papos de ponta de rua
É a plataforma de entretinimento
Ela até parece uma prostituta
De barriga grande e de cabeça oca
Que, de beco em beco e de boca em boca
Vai ganhando fama duma má conduta
No prodigalismo do seu adultério
Cada grão germina uma nova causa,
Não há uma pausa para a menopausa
Não há um descanso para o climatério
Deve está decrépita, senil e raquítica
Seus filhos gulosos ainda insatisfeitos
Porque continuam libando nos peitos
Dessa mãe solteira chamada política.
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