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Poesias-->9. ALEGRIA PERMANENTE -- 13/04/2003 - 07:02 (wladimir olivier) |
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Alegria permanente
É sentimento que a gente
Vai atrás a toda a hora,
Mas há tristeza, na vida,
Que a matéria nos convida
A demonstrar que vigora.
Não fora assim, Jesus Cristo
Nunca seria malquisto
Pelos homens malfazejos.
Alegria permanente
Teria dado a essa gente
Muito melhores desejos.
Jesus também verteu pranto,
Na reversão desse encanto
De tornar feliz o povo.
Em outra oportunidade
De voltar, eu sei que há-de
Sacrificar-se de novo.
Eis a lição deste dia,
Pois nada melhor faria,
Querendo o homem feliz.
Cabe agora à humanidade
Saber se se persuade
A no bem fincar raiz.
Eis que Jesus regressou!
Todos dizem: — “Hoje, eu vou
Lhe seguir as diretrizes!”
Mas lhes vem forte a preguiça,
Tal decisão logo enguiça:
Insuperáveis as crises.
Na verdade, é todo dia,
Pelo menos na poesia,
Que Jesus retorna ao mundo.
E, no coração do povo,
Surge sempre algum renovo,
Mas a raiz não vai fundo.
É pequena essa esperança
Mas noss’alma não se cansa
De vir falar do Senhor,
Seja nestes simples versos,
Que estão p’ra lá de perversos,
Seja nas prosas de amor.
Alegria permanente
É esta que o povo sente
Pelo fato de escrever,
Pois, longe cá desta mesa,
É bem outra a natureza
Do nosso rude dever.
Praticar a caridade
É bem que noss’alma invade,
Nutrido pelo evangelho.;
Cultivar o amor divino
Também se encontra no ensino,
Seja ao moço, seja ao velho.
Trabalhar pelos irmãos
Mostra que são muito sãos
Os sentimentos da alma.
Acordar os que repousam
É o que os nossos versos ousam:
Receba-nos, pois, com calma.
Elevar o pensamento,
Pensar no Pai um momento
Vai dar-nos tranqüilidade.
Qualquer sombra de emoção,
Tornada em acusação,
Não passa de iniqüidade.
O que o Pai criou p’ra nós
Não foi somente estes pós
De que se compõe a vida.
Vamos pensar lá no etéreo,
Como parte do mistério:
Energia enobrecida.
Transformar esta poesia
Em pura filosofia
Não há de agradar ninguém,
Mas a vida é tão complexa
(E nossa lente convexa)
Que tal tema vai também.
Alegria permanente
Será quando toda a gente
Poetar desinibido,
Em pobres versos sem rima,
Mesmo assim com grande estima,
Falando do Pai querido.
Desafios contundentes?...
Ou meros sons diferentes
Dos metros tradicionais
Em que as juras namoradas
Das almas extasiadas
Se estendem por tristes ais?...
— “Querido, eu sofro na vida
E me sinto mais perdida
Que as espumas nas areias!...
Vem trazer o teu conforto,
Mesmo estando agora morto:
Eu vou ouvir-te, bem creias!...”
Brincadeirinhas à parte,
Tudo cabe nesta arte:
As promessas e as verdades.
A namorada palpita,
Sem saber que alguém lhe dita
As palavras das saudades.
Foi Kardec quem nos disse
Que se algo novo surgisse
Dever-se-ia respeito.
A ciência iria ver
Qual a força do poder,
Para ser por nós aceito.
Então, surgiu a tal bomba,
Fazendo estragos de arromba
Nos conceitos da moral.
Kardec quedou p’ra trás:
Sua idéia era de paz,
Sua ordem natural.
Morticínio gera dor.;
Essa dor produz rancor,
Sentimento de vingança.
Mas o tempo tudo apaga,
Pois renova cada saga,
A despertar a esperança.
A doutrina revigora,
Menina virou senhora,
O mediunato produz.
Os espíritos que descem
A ciência favorecem,
Projetando muita luz.
Nós aqui, neste cantinho,
Produzimos, com carinho,
Estes versos que despertam,
Agradecidos, serenos,
Sabendo que, pelo menos,
Os nossos sons se concertam.
Falamos de tudo um pouco:
Quem não faz ouvido mouco
Vai ter com que se entreter.
No fundo do coração,
Há de guardar a razão
Que tem quem cumpre o dever.
Amanhã nós voltaremos,
Para pôr força nos remos,
Que o nosso barco faz água.
Se estiver calafetado,
É que entendeu o recado
Quem sofria a grande mágoa.
Agora navega em paz,
Se co’a rima se compraz,
Se a todo o povo amor sente.
Orando ao nosso Senhor,
Demonstra que tem valor:
Alegria permanente.
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