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Poesias-->Sonho Acéfalo -- 07/01/2000 - 09:34 (Eduardo Gomes) |
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A papoula desabrocha
em minhas mãos,
numa explosão de gozo,
num radioativo
cheiro de sexo.
E você já nem se lembra,
já nem sente a nossa ausência,
tão distantes estão os nossos filhos,
agora que me apercebo que estou só.
Se amar é o que importa,
quem irá curar
essa saudade nossa,
que lhe procura
de porta em porta?...
Ainda há fragmentos
em decomposição,
misto de papoula
e sonho acefalo.
Uma incontida vontade de chorar,
sangra lentamente
do teu sorriso,
estampado no muro,
com dentes enormes,
querendo ingerir
o tempo perdido.
Tudo isso faz parte
da sensação presente,
do homem presente
ao redemoinhos de sonhos
que rodopia fantasias desfeitas.
há uma pétala em minhas mãos
que eu não consigo descobrir
se é de papoula ou malmequer.
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