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Poesias-->Requiem de um espírito -- 02/05/2003 - 00:42 (Edio de oliveira junior) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Até que era simples os fins de tarde,

O sol vermelho, a penumbra, pé de manga, sono,

Sonhos, desejos...

Era simples não ver destruídas tantas coisas do espírito

E tantas coisas ainda sequer descobertas.

Era simples o colégio, a inocência, as paixões infantis,

O esporte, o desejo de “ser no futuro”.



Ah! Como era simples não só os fins de tarde

Mas a vida em si! Tudo em si!

Ainda me lembro de ver a vida e todas suas coisas

Como “coisas a serem superadas”,

E todos os homens como “coisas a serem superadas”,

E aguardar a hora de reter todas minhas expectativas

Para alcançá-las como se tudo fosse uma simples questão de tempo.



Ainda me lembro bem

Do metabolismo pulsando lentamente, e o tempo passando lentamente,

Os dias convertendo-se em noites, as noites em dias,

E de todas as mudanças conturbadas ou pacíficas

Que caracterizaram-me essencialmente indivíduo.



Eu tenho saudade de tantas coisas!

Sei que tenho um amor muito imenso morto no passado,

Metade de mim é silêncio, a outra metade é saudade...

Tenho saudade que é sentimento quase sem explicação,

Minha lembrança é um mar glamouroso e simples,

Um lar aconchegante, uma calmaria necessária.



É! É verdade! Creio que eram simples aqueles fins de tarde...

Tudo era simples, mas não sei porque!

Acho que tudo era simples

Por não haver necessidade de “porquê!”

E tudo era belo, e grandioso...



Ah! O fim de tarde converteu-se em névoa fria!

São 18:30 em algum dia, de algum ano D.C

Abro a janela,

Existe um vão entre meus olhos e o céu!

Um vão que diz que talvez tudo tenha perdido o significado,

Que diz que talvez até o tempo tenha perdido o significado...



Eu tenho saudade do tempo em que meu metabolismo tinha governo

E que eu não tinha tantas respostas!

A vida de um homem acaba

À medida em que suas expectativas vão morrendo...

Meus olhos estão fixos à janela deste quarto,

O tempo passa sem razão nem porquê,

Uma névoa fria já não mais permite

Ver o dia despedindo-se

E a lua surgindo feito uma criança...



Sei que já é hora de dormir!

Não sei porquê, mas sei que já e hora!

Apago as luzes e fecho meus olhos

Como se cada noite fosse o fim do mundo.

Permaneço inerte, me silencio, me esqueço, durmo...



E tudo se torna simples novamente.

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