Diz-me ò flor, quão prazer repousa o teu colo, quando o orvalho fala a teu corpo nu segredo do escuro. Pois que, gostaria de enviar à maria um pouco do que tenho passado.
Diz-me ò noiva do tempo, quão misserável é a dor que habita o peito de um homem solitário.
Não foste tu, hora maldita, quem ludibriaste o meu caminho venturoso?
É bem verdade, que não posso te culpar em todo, mas em parte. Pois que, me permitiste tomar o cálice do teu prazer, sem consultar a cabeça.
De certo que tenho que pagar, e não reluto a justiça, mas não há meio mais honroso de parir lágrimas, de sangrar as mãos, de revolver a ferida, de viver essa saudade?
Há momentos em que o desespero irrita,
Há momentos que me faltam forças e dá vontade de deitar o dorso da vida no vão frio e funesto da mãe da eternidade.
Se algum dia as virtudes vicejaram o meu horizonte, não posso estar, de todo envolto em maldades. Iludido pelo hábito talvez, também envolvido pelas facilidades e prazeres desse mundo impuro, porém, jamais dissípulo.
Não quero eu ser santificado. Até porque sou filho do pecado. Mas perder o teu amor!...
Seria na vida nunca ter estado.
Rogo a tua complacência, pois a minha descencia, só vai fazer você morrer.
Ainda que hoje, eu tenha a consciência, de que te amo e não posso ficar sem o teu ardor.