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Poesias-->QUINTA-FEIRA -- 09/05/2003 - 17:52 (José Reynaldo Galasso) |
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QUINTA-FEIRA
Do sol nascente a amarelada luz primeira
Invadia seu quarto pela janela
Derramando-se como dourado lençol
Sobre os móveis de madeira.
Num canto uma velha cadeira
Com o assento marcado pelo tempo
E pelo peso de corpos cansados.
Um relógio sobre a penteadeira
Ao lado de pequena lixeira
Cheia de lenços de papel amarrotados,
Uma mancha na parede
Que quase a tomava por inteira.
O calendário marcando quinta-feira
A preguiça percorrendo seus braços e pernas
Olhar o movimento brownianos dos grãos de pó
Desde criança era gostosa brincadeira.
Imaginando mergulhar numa cachoeira
Uma idéia verrumava sua mente
Percorria as curvas dos neurônios
E esperava obediente como um cão na soleira.
A manhã nascia corriqueira
Seja pelo cantar do galo na ribeira
Ou pelo ranger do assoalho sob seus pés
A água escorrendo pela torneira
Fez uma refeição ligeira
Como fazia todos os dias
E logo ganhou a rua
Pra caminhada costumeira.
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