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Poesias-->DE OUTRO JEITO -- 09/05/2003 - 17:56 (José Reynaldo Galasso) |
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DE OUTRO JEITO
Entrou em mim, desfazendo minha calma,
se instalou, ficou, eterna imperatriz.
Não tendo outro jeito, lhe dei minha alma.
Mexeu em tudo, com sentimento e emoção,
Espalhando fantasias e desejos, prazer e dor.
Não tendo outro jeito, lhe dei meu coração.
Bagunçou em tudo e depois arrumou ao seu gosto
E ficou à vontade dentro de mim.
Não tendo outro jeito, lhe dei meu peito.
Abriu todas as gavetas do meu ser
E não encontrou nenhum segredo.
Não tendo outro jeito, lhe dei meu viver.
Invadiu meus sonhos, minha poesia,
Percorreu meus caminhos semeando suas flores.
Não tendo outro jeito, lhe dei meu dia-a-dia.
Com seu cabelo enxugou meu pranto,
E minha tristeza sugou com seus lábios.
Não tendo outro jeito, lhe dei meu canto.
Saio de casa quando cansado
Para encher meus olhos de cores e meus ouvidos de sons.
Não tendo outro jeito, caminho sismado.
Bem conheço a dificuldade de sorrir.
Disfarço meu sorriso de modo a parecer alegre.
De outro jeito, não sei existir.
José Reynaldo, BSB28042003.
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