LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->MAIS NADA -- 09/05/2003 - 18:09 (José Reynaldo Galasso) |
|
|
| |
MAIS NADA
Quando o sol se põe distante
Sofre toda dor o jovem amante
Com saudade da amada.
Quando o sol nasce no levante
Pede que sua vida siga adiante,
Mais nada.
Está consciente o amante
Que vive entre o prazer do instante
E o sofrer da alma dilacerada.
Quando reza pede apenas
Que lhe sejam diminuídas as penas,
Mais nada.
Quando canta, o canto do amante
É de uma tristeza dilacerante
Como o aço de uma espada.
Pois no seu canto ele canta
A pressão que traz na garganta,
Mais nada.
Na solidão do quarto o amante
Atento ao seu coração vibrante
Atravessa a madrugada.
Pede aos deuses a alegria
De amanhecer num novo dia,
Mais nada.
Ao pesar o tempo que passa veloz
Com a mente num deserto atroz
Sussurra a boca selada:
- No poente da vida me desespero
Pois é só você que eu quero,
Mais nada.
BSB30012003
|
|