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| Poesias-->MINHA MÃE -- 10/05/2003 - 10:49 (thiago schneider herrera) |
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Nem nos vemos tanto, poucas vezes ao ano,
Aqui o sol é quente, aí, eu sei, o frio é de matar,
Sei também que investes numa clínica,
Você sabe também que eu escrevo poesia,
E nem precisamos mais de muito mais que isso,
Porque, muito além da matéria ou algo assim,
Temos um certo contato secreto, certo???
Mas deixa pra lá, quero simplificar,
Hoje é dia das “progenitoras”, dia das mães,
Seu dia MÃE, minha mãe, e mãe de muitos,
Mãe num conselho, num afago, num sorriso,
Num simples olhar, minha mãe, mãe de muitos,
E nem tenho ciúmes viu!!!
Às vezes me dá uma solidão, uma angústia,
Mas logo vem você, não sei de onde, e nem te vejo,
Mas sinto-te num abraço que protege,
Naquele sorriso já dito, bendito sorriso, e sempre rindo,
Como é bom rir contigo, e saber das novidades,
Como é boa sua sopa (com macarrão) no frio,
E das mil e uma linguagens, que eu nunca falo, lembra???
Ah mãe, minha mãe, mãe do mundo,
Quero que todos os dias sejam teus, e que meu presente,
(essa poesia) seja grande quanto tu, quiçá...
Nem tanto, mas nunca será proibido sonhar, né???
E como temos sonhado um com o outro,
Até hoje as estrelas agradecem os 2 telespectadores ,
Que viam seu passado de camarote, num endredom...
Sabia que quando olha para o céu, vês o passado???
Deixa pra lá, essa história é longa demais pra um poema,
E tempo é o que não quero gastar com estrelas,
Pô elas me vêem todas as noites, e sempre me dizem
Como andam as coisas por aí...
Aqui mãe, tudo esta sob controle, e tô feliz,
E aí??? Sei que sorris como criança porque estive aí,
E voltei tão leve que nem consigo escrever poesia,
Tá bom, considere isso uma carta, e se disse essas palavras
Ser poesia, deixa pra lá, tá tudo tão leve, relevamos, certo???
Ah minha mãe, quantos choros chorastes comigo,
E saiba, só sei chorar contigo, e choooooro, sem medo,
E você, me olha chorando e espera, e me lança no espaço
Com uma só palavra...pra que mais???
Se de você, eu só queira mesmo 1 única palavra,
Muuuito mais que uma bíblia, ou um CD cult,
Muuuito mais que 300 mímicas e uma festa “adult”,
Ah minha mãe, mãe de muitos, sinto sempre sua mão
Pousada em meu ombro, mas sempre soube
Que a direção sou eu quem escolhe, obrigado,
Por tudo, por me dar direção e soltar o volante na minha mão,
E acreditar em seu filho, que nunca quis te decepcionar,
Mesmo o fazendo inúmeras vezes, mas calma mãe
Tudo está bem, e pode crer, faz tempo que é assim...
Próxima casa será minha (o projeto), quero fazê-lo
Será branca e funcional, com quinas numa geometria racional,
Eu acredito nisso, espero que acredites em mim...
Bom mãe, vim dizer um olá, mas já me vou,
Como tem que ser, com sempre foi, e assim será,
Mas volto, claro, sempre voltarei em palavras numa poesia,
Num telefonema com voz metálica, ou eu mesmo,
Como esse final de semana em que fiz uma surpresa,
E me olhaste com uma cara de: _Hei, quem é você???
Foi divertido estar aí com você, com o meu grande pai,
Meu herói Bruno, as pequenas cachorrinhas da rua,
A Doli e a Juma, nossa família que eu amo tanto,
Num amor assim de longe...
Minha mãe, mãe de muitos, mãe de todos,
Te amo...
Thiago Schneider Herrera |
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