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Poesias-->Vítima -- 12/05/2003 - 14:29 (Jacques Bortolini) |
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Estremeço
a cada açoite do teu lamento.
Saboreio as feridas
desabrochando
no jardim de culpas.
A dor protege-me da luz
insuportável
ante o negrume do teu pesar.
Escondo-me na vítima.
No espelho refletindo,
não vejo o carrasco sorrindo
malvado.
Sou mocinho,
sou bonzinho,
sou amado,
sou modelo,
sou coitado.
Infinito carnaval pulando,
sustento minha fantasia
as riquezas entregando.
Vivo dos restos
do homem que não sou.
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