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Poesias-->Um dia qualquer -- 28/05/2003 - 08:06 ( Alberto Amoêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Na praça surda e abandonada, recém pintada, mal cuidada, mas visitada pela graça da revoada e aonde o sol todos os dias, sem pudor vem chamar o homem pra vida. Na mesma praça, cuja sombra viceja no passado as idéias e os sonhos, nascidas de suor,de lágrimas e de sangue ...vagam três meninos.

A hora passa, a bandeira tripudia no alto da autarquia. O rio mar lá em baixo assola a orla,faz dançar a canoa com a sua valsa sem parar.

Se não me falha a memória é quarta- feira e esses meninos deviam estar na escola.

A hora passa...

Em alguns minutos alguém grita, gente se aglomera, gente se aglomera...

Alguém liga pra polícia!

Eu posso ver em seu semblante a felicidade do feito,o riso sarcástico e inebriante.

Alguém aponta para um rapazinho moreno, de sandálias, de bermuda verde e camisa branca a se afastar sorrateiro, que o guarda, sem demora o algema.

Surge de uma esquina um carro e contra mão da curva mais outro...

Aquele carro cinza, com sirenes vermelhas.; aqueles homens cinzas...

Aqueles homens cinzas, com algemas e armas de fogo a tirar de dentro do trailer dois meninos, que a espreita estavam roubando.

Por que não estavam na escola ?!...

Poderiam ser seus filhos ?

Poderiam ser meus filhos!

Mas a hora passa, no ar o silêncio é interrompido por vozes e medo.

A praça logo fica cheia, e todos apontando, e todos gesticulando e todos xingando e todos sorrindo, E todos dizendo a culpa é do governo.

Onde estará Madalena ?!...

Onde estarão os culpados sem culpa alguma?!...

Aqui! Ali!...

Agora não adianta mais...

Os meninos...

Os meninos foram presos.

Logo a praça ficou vazia.

Logo você ... Por que sorriu?!

De que forma assistiu tudo aquilo?...

Eu me senti tão mal!

E o dia se foi como todos os outros dias.



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