O que é um Colar de Trovas ? Trata-se de um conjunto de 13 trovas, obedecendo algumas regras básicas. Mais que isso, é o congraçamento de poetas que não se conhecem, mas que se unem ao escrever um colar de trovas. São trovas interligadas pelo último verso. Paulina Martha Frank, na 2ª Coletânea dos Colares, nos dá as regras para a formação dum colar, entre outras: 1ª) Todo colar deve ser formado de 13 contas (trovas). 2ª) Cada trova deve ter sentido perfeito, podendo ser destacada do colar, e, quando publicada, o 1º verso deverá estar entre aspas, e o fecho, em maiúsculas, identificando-se assim pertencer a um colar. 3ª) No colar perfeito, o mesmo trovador só poderá figurar uma vez. 4ª) A última trova (13ª), além de começar com o último verso da precedente, deve, como fecho, terminar com o 1º verso da primeira trova. 5ª) O colar pode, depois de pronto, ser aberto em qualquer trova. 6ª) O último verso de cada trova deve sempre dar um bom começo para a trova seguinte, evitando-se os começos com pronomes neutros, conjunções, etc.
7ª) No colar o assunto é livre, não sendo necessário fixar-se num tema só, a não ser em casos especiais, como homenagens, excursões, festas, durante os quais se concretiza um colar. 8ª) Para a estética aprimorada, convém evitar as rimas da trova anterior, exceto a do 4º verso. 9ª) Por fim, o penúltimo participante (12º) deve levar em conta a rima que não pode ser igual ao fecho para não ocasionar dificuldades ao último trovador que arca com o ponto mais difícil que é fechar um colar.
Melhor transcrever um exemplo da 2ª Coletânea dos Colares, organização de Paulina Martha Frank, de Campinas – SP, o COLAR ADÂMICO ( só trovadores ):