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Poesias-->Muito além -- 10/06/2003 - 14:04 (Marcos Allan Ferreira Gonçalves) |
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Vai muito além do que posso imaginar,
Inebriando n’alma um sentimento de culpa...
Embriagado em mórbidas esperanças,
Como se aludir o égo fosse a ponte estreita,
A qual liga este infortúnio a esta passiva e miserável existência.
É tão descompassado o tempo,
Que se perde uma fração da eternidade nesta esquizofrenia...
Aterrado a essa sensação de impossibilidade,
Um boneco de cera ao Sol...
Estou subjugando-me
Como se mendigasse uma migalha de afeto...
Desse afeto esquecido... maltrapilho e indolente.
É tudo que resta,
É tudo que pode sonhar,
É tudo que pode agonizar essa criatura...
Entre a navalha e a labareda...
Entre o sarcástico e o inevitável...
Tudo uma questão de anseios,
Aos quais já não aspiro...
Para os quais, sequer existo...
É minha fortuna... é meu calvário...
O bonde perdido... história sórdida!...
Amargar esta desventura,
Deitar-se à beira do precipício,
Sonhar e desagradar os fatos...
É o lamento... é o vício.
É o flagelo...
Muito além, a loucura...
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