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 | Poesias-->Escárnio -- 17/06/2003 - 01:02 (zena maciel) |  |  |  |  |  |
 | No submundo da tristeza rejeitei o beijo 
 do maldito verbo amar
 
 Expulsei-o do meu tétrico coração
 
 Longe de mim sentimentos
 
 que me falem de amor
 
 Estou avessa aos sorrisos
 
 Apago das minhas retinas o encanto da lua
 
 Não quero mirar estrelas
 
 Sinto náuseas ao ver o brilho do sol
 
 Não sou poeta
 
 Não sou artista
 
 Anarquista talvez !
 
 Longe de mim aplaudir a patética alegria
 
 Rasgo o véu da saudade para me sentir nua
 
 Arranco do recôndito da alma
 
 todas as teias sujas da paixão
 
 Enquanto o sol não se pôr
 
 não vou conjugar os verbos doces
 
 Não combinam com minha dor
 
 Abraço calidamente a ira
 
 Me jogo bruscamente em seus braços
 
 Aqui é o meu reduto
 
 Eu quero dormir no seu travesseiro de espinhos
 
 para acordar na companhia da raiva e
 
 sentir todo o travo da vida
 
 Vou percorrer os árduos caminhos da desilusão
 
 Vou enaltecer a infelicidade
 
 por simples escárnio
 
 Cansei das falsa doçuras
 
 Eu quero o fel da vida
 
 pelo parazer de ser amargo
 
 Quero beber o veneno das horas cruéis e
 
 vomitar no fétido mundo das ilusões
 
 todo o meu rancor
 
 Quero provar ao ingrato destino
 
 que jamais me curvarei aos seus pés
 
 Custe o que custar !
 
 
 
 Zena Maciel
 
 16/06/2003
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