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| Poesias-->DUAS LÁGRIMAS -- 29/06/2003 - 08:18 (MARIA HILDA DE J. ALÃO) |
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Sentindo em minhas mãos o seu afago
E nos seus olhos vejo o desespero estampado
Gritando: - “Sou teu não me renegues,
Porque dentro de mim a tua imagem eu trago”.
Eu, mortal despreparada e assustada,
Com tanto amor que buscava asilo,
De um ser que se sentia intranqüilo,
Prevendo que de si seria afastada
Aquela que tanto carinho lhe dera,
Mas que, “eu te amo” nunca dissera.
E agora o condenava ao triste exílio
Em frio canil onde baixando os cílios
Deixa rolar duas lágrimas caninas
Como se fossem estrelas pequeninas,
Símbolo de sincero amor e fidelidade
De um cão pela humanidade...
29/06/03.
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