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Poesias-->Entre o Amor e a Paixão -- 03/07/2003 - 11:34 (Marcos Allan Ferreira Gonçalves) |
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Palpitação!... hoje as senti...
Da forma mais opressora... resisti
Do abismo sem fim,
Aflora essa ansiedade...
Sequer tive a chance do desabafo,
Sequer tive a chance de rasgar o peito...
Minha poesia estremece e não vive,
Meu desejo me sufoca,
Minha sede me enfraquece...
Vejo teu amor fugir pela janela...
Consumir na torrente do rio decepção... sina!
O temor tomou conta e minhas pernas tremeram...
Quanta culpa...
Não fui sagaz,
E minh’alma gelou...
Minha estrutura abalou-se,
Em tempos, lhe perdi... bonde ao largo!
Sequer lhe tive por inteira... fantasiei, me iludi!...
As lágrimas não justificam essa amargura... triste solidão...
As lágrimas não consolam esse repente apocalíptico...
Sua voz conjuga o passado.
Ali vive sua ânsia eterna.
Ali estão fincados teus sonhos...
Talvez seja apenas um pesadelo... Deus permita, passageiro!...
Talvez minha expressão seja mórbida... inútil sonhar!...
Esse sonho... sim, um sonho... sequer nasceu...
Perdi-me em meus delírios,
E não me encontrei em seus anseios... então, fugi!..
De maneira vil, sorrateiro...
Não careço dor maior...
Pintei-lhe como fada,
Desenhei-lhe com meu afeto,
Descrevi-lhe em meus versos,
Retratei-lhe mundo afora... estupidez!...
E agora?... Pergunto-me e calo...
O teor de minhas palavras não faz sentido,
Nada com nada...
Só, e não quero entender,
Só, e não vivo esse conto,
Resta-me, um homem inundado de sentimentos,
O dessabor... tão amargo!...
Essa canção, ao longe, que ouço
É um terror em minhas entranhas...
Sinto teu perfume e agonizo.
Pobres pensamentos me restam... infortúnio!...
Nada disso lhe foi revelado,
Não em palavras... inúteis!...
Talvez, ah esse talvez... você percebeu,
Então, também fugistes...
Serenar... a prece desse malfadado instante...
Não posso perder-me nessa desilusão...
Jamais senti tamanho estremeço,
Jamais senti esse pérfido momento...
Quero explodir em milhares de frases,
Porém, me fogem a cada linha... como você...
Ledo engano... minhas mazelas...
Triste fim,
Um homem... suas desventuras...
Seus amores proibidos... platônico!...
Sufocar!... abafar essa loucura pelo começo...
Esse é o suplício.
Ser comedido em meus atos,
Em nada fez-me bem,
Em nada fez-me crescer...
Agora, cansado e confuso,
Apenas pressinto sua presença encrustada em minha existência,
O desencanto consome no mais tedioso porre,
Uma morte lenta e agonizante de uma inútil paixão,
Abismo sem fim... entre o amor e a paixão!...
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