Todos cruzam-se na vida,
nas ruas, nas paradas,
nas calçadas
e mal se olham,
não se tocam,
não se falam,
apenas param e ali,
aguardando pelo tempo,
que lhes toma a juventude,
a saúde e depois lhes carregam
para o nunca,
onde permanecerão como viveram:
sem olhar,
sem falar,
sem se tocar,
sem, nunca mais, amar.
|