LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->despedida -- 12/07/2003 - 03:08 (gisele leite) |
|
|
| |
não querias que eu visse teu corpo inerte e morto
e guadasse de ti a idéia cadavérica de um corpo rijo, frio e inânimo...
não querias que visse teu corpo felinamente de fera
definitivamente prostado e sem selva
Já sem esperar a paz ou a guerra...
Tuas focas , presas vivas ririam de teu corpo branco e mórbido
E de teu tom rosáceo quando se tornassse lilás...
Querias que eu, inocente, ainda acreditasse
que partiras para ser feliz, pleno, ser livre , para ser infinito
e,
completamente livre e,
sem afetos,
sem laços e contrapesos,
sem grilhões ou tendões
que atendessem sem calma aos seus movimentos lânguidos
mas com alguma indulgência
Querias que fosse um flexo
mas nunca jamais um reflexo
Grito um adeus
Porque sei que não queres ouvi-lo
não queres o aceno branco do lenço
não queres a lágrima piedosa
Mas sinto tua falta!
Volta ao menos para se despedir...
E, se ainda assim, não souberes dizer
adeus
que essa tua morte poética seja
um leve carinho
de quem se despede sem deixar vestígios
volta!
porque por cima dos muros
há compasso secreto que concilia terra e céu
vc era uma nuvem em forma de gato
ou era um gato em forma de nuvem?
Jamais responderei tal questão
como também jamais direi a você
um definitivo adeus... |
|