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Poesias-->SINA DE URUTAU -- 12/07/2003 - 14:53 (LUIZ ALBERTO MACHADO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Foi numa noite de julho que eu me apaixonei pela primeira vez de verdade

Numa noite negra sem luar que eu amei o primeiro reflexo reluzente do seu olhar atrevido



Foi você a princesa linda e exuberante que estava perdida no caminho

E eu lhe encontrei, mostrei o caminho de volta e dividi minha paixão



Bebi do seu gesto o mais angelical dos sorrisos e minhas narinas se avivaram com o cheiro da rosa de suas faces



Foi assim vertiginosamente lindo como um show pirotécnico na torcida do Flamengo em pleno domingo de decisão no Maracanã



E foi assim cravando o seu gadanho na minha carne

Invadindo minhas veias

E intoxicando o meu sangue



Foi tomando conta de mim

Tão ofegante quanto perdido em pleno trânsito de qualquer metrópole



E foi com o jeito René de Vielmond olhar para mim, na apoteose da minha cama, que me levou por múltiplos caminhos ouvindo a canção da natureza



E ensinou-me naquele momento o segredo de Ariadne, entregando-me o novelo que bordava para que pudesse sair do labirinto da vida achando o meu próprio caminho de volta a você



Foi assim e se fez minha Isolda, eu Tristão desfalecido pela espera de sempre,



Foi assim e seqüestrou minha paz para uma outra mais plena e verdadeira



Foi assim e ao toque de sua mão artesã minhas faces enrubesceram e o vinho quente subiu-me a cabeça e eu não via mais nada além de sua efígie no espelho da minha cabeça louca de amor



Foi assim

E eu não sabia aprendiz como haveria de amar assim tão perdidamente



Foi assim

E prá meu desalento um raio de luz revelou minha fealdade

Um raio de luz, simplesmente, desmoronando castelos e fantasias construídas em nome do amor

Um raio de luz apenas e tudo acabou

Um raio de luz afugentou aquela a quem havia doado toda minha alma



Ela fugiu num só instante

Feito a fuga da ninfa Aretuza à paixão arrebatadora de Alfeu

Feito quem foge do leprosário mais execrável



Foi assim

E assim tornei-me um pássaro triste

Passando a noite a dar funéreos gemidos

E me esgoelando em poemas das tripas coração

Sofrendo por haver recusado uma visita ao Menino Jesus



Foi assim

E hoje sou uma alma penada

Um fantasma em forma de ave

Quebrando o silêncio da noite

Com o meu fadário

Que foi? Foi! Foi! Foi!

Hoje sou ave sinistra

Largo agouros à lua

E a minha infinita tristeza

Esconde tenaz gargalhada de proteger donzelas de seduções

Foi! Foi! Foi!



Eu sei,

Estou morrendo por querer demais do ser amante

Um desprezado sob a luz de Capéi

Esperando Raoom eternamente

Certo de que o amor haverá de me recompensar

Um dia

Foi! Foi! Foi!

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