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Poesias-->SAMPA MALUFISTA -- 19/09/2000 - 03:32 (Rosângela Soares de Sousa) |
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Dê porrada no seu adversário!
Viva como um ser reacionário!
Não peça aumento de salário!
Esqueça o amor libertário!
Nada de ser revolucionário!
Seja apenas um operário!
Não condene a corrupção.
Aplauda a repressão.
Viva a competição.
Não arrume confusão.
O importante é a atenção
que você tem com seu patrão
sem traçar nenhum padrão
para sua alienação.
Ninguém precisa ser um intelectual.
Você é um simples trabalhador pontual
que seu patrão explora sem demora.
E num gesto gentil e obrigatório
você agradece como num oratório!
Em Sampa Malufista não existem ecologistas.
Existem escravos alienados e seres humanos marginalizados.
Existe a recessão do transporte coletivo,
a falta de médicos e remédios nos hospitais.
Que te deixa cada vez menos emotivo
para com os nossos generais
(leia-se prefeito e seu secretariado).
Agora você sente o peso da sua escolha
- explodir Sampa em cada bolha!
Levante-se e esqueça a submissão
Vá firme e lute com fé no coração.
Sampa precisa da sua defesa
Liberte-a, pois está presa,
jogada em mãos malufistas
pronta para ser conformista.
No ritmo desta poesia
liberte-se dessa agonia,
libere sua rebeldia,
desarme as armadilhas,
vença as matilhas,
entre na contramão
e salve esta nação!
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