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Poesias-->FLOR SILVESTRE -- 16/07/2003 - 10:06 (Luiza Mohaupt) |
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Poeta amante querido,
Do imaginário de um jazigo,
Dói o espaço infinito que germinou.
Do nada metafísico envolvido.
De repente,
Um sonho esvaecido,
Nasce surdamente no momento silencioso.;
Soluços... Gritos... Sopros profundos - Presos.
Saques d alma de uma imaginação.
Sou flor, inda botão.
Pedra, cascalho...
Sou gente de coração.
De repente,
Que abrangência?
Do todo se capta o nada,
Existente em todo o universo.
Flor silvestre, rio fluente...
No universo tudo é complacente.
Todo o impulso leva a amar.
Todo o desejo possui um pensar.
Factual da fantasia.
Amar é também idealizar.
Quando do nada se fez aparecer,
Uma luz se espiritualizou.
Um Deus envolvente do nada evocou
E, tudo se modificou.
Esta silvestre flor que lá tu deixou,
Em pleno vale permaneceu.
Sozinha e sem água ela mirrou.
Aquela mão não mais regressou.
A silvestre flor inda sonha,
Na busca do poeta encantado.
E, nessa aspiração abstrata,
Descobre o autentico prazer. [Amado]
Aceita que esta flor silvestre,
Permaneça em teu coração.
Sinta o perfume, verdadeiramente,
Que cheira poesia - Imaginação.
Oh! Poesia que sustenta
Os sonhos que o desejo inventou.
Nesta solidão inda restou,
Imagem de um arco-íris que alumiou.
De repente,
Desse devaneio um olhar sem sentido.
Um deserto. Encontro de um vazio.
Nada encontra a tua essência... Tudo fechado.
Teu corpo uma lacuna. [Sombrio]
Com a inteligência de um poeta,
Que vem com a sua mão ardente,
Acalora todo um ambiente.
A flor entorpece decemente.
A flor mesmo sendo silvestre,
De aparência viva, também falece.
Sente o fulgor, sente o crepúsculo.
No jardim desse poeta tudo acontece.
De repente,
Encontra a flor caída exígua de existência.
Nasce uma tempestade de sentimentos. [Confusão]
Em teus braços não mais descansa,
Uma flor silvestre. [Esquece]
Tu foste um dia o solo desta flor.
Ofereceste amor, beleza.; o alimento da união.
E, tu mesmo tiraste toda a substância.
A vida foi decaída nas tuas próprias mãos.
Poeta, pensamentos de ilusão,
Tu expiraste, destruíste esperanças.
Morre a flor, inda botão.
Olhos que não mais chorarão.
De repente...
Tocar em teu coração,
Apelar pelo amor, em vão.
É pemanecer em cansaço,
Por desejar de todo, um abraço.
O futuro inda não sabemos,
Caminhando em trilha por descobrir.
E, assim na vida seguimos,
Desejando um futuro florir.
A chama existente em nós estremeceu,
E todo o amor naufragado.
Diluindo todo o perfume em versos.
Faço poema, te peço...
De repente,
Em versos tu queres amar.
Medos circundam.
Ah, quem dera um dia poder voltar,
E nesse dia viver o pulsar.
Desesperada solidão... [Uma flor ou um poeta?]
[Perco-me buscando o teu ser].
[Quem eu era.; já não o sou].
Escuta o zunido do vento. [Passou]
Poeta, nada, nada em te traz tormento.
Canta, canta sem sofrimento.
Pergunta a flor do amor.
Sai do silêncio que é dor.
De repente,
Será que sentes todo o sentimento,
Do outro que é aflição?
Será miragem ou flor não sente?
Será que gozas pela expiação?
De repente...
De repente...
Ao poeta pateta,
Aquela flor silvestre
Hoje, morta em teu jardim.
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