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Poesias-->FÉRULA -- 18/07/2003 - 20:18 (Edson Campolina) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
FÉRULA



Oh, Férula inconteste a condenar

Meu crispar de fronte

Meu silêncio em te amar

Meu olhar meditativo ao longe



Nossa dicotomia não nos unia

Sempre presente e nítida no querer

Fosse contrário?

A igualdade venceria a monotonia?



Férula inconteste a lembrar

Caminhos tortuosos já andados

Dois mundos

Minha prole, seus amados?



Férula inconteste a injuriar

Nosso sonho ora possível

Nossa capacidade de amar



Férula inconteste a cobrar

A água e o vinho

A mutação do oportuno

Seu desejo, sonho em se coroar



Oh, Férula!

Pouco suportar foi doloroso

Maior foi a dor, só minha

De não mais viver em só te agradar



Oh, minha rosa

Desbastar espinhos

Sem perder a seiva

Simples não é, nem ligeiro

Faz-se com respeito e troca

Prosa, poesia e gestos de carinho



Oh, minha flor

Amei teus espinhos, tuas pétalas

Só desejo que amanhã

Compreendas meus defeitos

E faz não sentir minha esperança vã.





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