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Poesias-->6. BRINCAR COMO SOLUÇÃO -- 19/07/2003 - 08:07 (wladimir olivier) |
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Veio este nosso irmãozinho
Trazer o seu depoimento,
Que lhe parece indicar
Todo seu grande tormento.
É pena que não vá ter
Participação moral,
Pois seu desenvolvimento
Não acabou com o mal.
Parece ser o pior,
Na contextura moral,
O seu egoísmo atroz,
Que o deixa bastante mal.
Que bela tarde, contudo,
Ele pôde propiciar,
Deixando alegre esta turma,
Que pôde comemorar.
Que fantástico é este dia!
Há de ficar registrado,
No fundo do coração,
Como dia abençoado.
Rapidamente chegamos
A compor alguns versinhos.;
Mas não vamos insistir:
Aves — voltamos aos ninhos.
São aspectos pueris,
Sem grandes aspirações,
Mas que nos fazem sentir
Que nós temos emoções.
Há de ser alegre ver
Um irmãozinho na dor
Parar de se aborrecer
E buscar o nosso amor.
Sem que tivesse juízo,
Não iria apresentar-se.;
Agora folga contente,
Pois está a felicitar-se.
Nós, entretanto, não temos
O mesmo senso da vida,
Pois o mister que fazemos
Não chega a nos dar guarida.
Hoje o dia está melhor
P’ra esta composição,
Já que a mão deste escrevente
Está solta — e o coração.
Nós não nos atreveremos
A confirmar mui convictos
Que vamos sair daqui
Absolutamente invictos.
Esta derradeira trova
Não nos parece sutil.;
Parece mais uma prova
Preparada com ardil.
Realmente, caro mestre,
Vamos logrando melhoras.;
Senão como é que estaríamos
Fazendo passar as horas?!...
Demonstra hoje este treino
Que teremos bom sucesso,
Se ficarmos mais um pouco
Contentes com o progresso.
Se nós estamos sozinho,
Nesta de escrever em versos,
Em breve, conseguiremos
Alguns poetas diversos.
Pode a estrofe anterior
Vir a parecer mesquinha,
Mas devo ter a coragem
De dizer bem alto: — “É minha!...”
Que bom estarmos contentes
Com a nossa produção!
Parece que, desta vez,
Acertamos nossa mão.
A rima que conseguimos
Imprimir em cada verso
Parece arrancada a força
De bem precário universo.
Eis acima bom exemplo
Do que se pode arranjar,
Quando ao mar se dão as velas,
Sem se saber navegar.
É que falta totalmente
O sopro da inspiração
Que deveria brotar
Do fundo do coração.
O nosso querido médium
Olha bem folha por folha,
Pois assentou como norma
Não aceitar nenhum “bolha”.
Tem nosso bondoso amigo
Este vezo mui antigo
De vir colher as mensagens
Em imensas quantidades.
Mas hoje o dia é bem curto,
Está prestes a findar,
Pois o que mais desejamos
É o exercício acabar
Com alguma propriedade,
Pois o que muito prezamos
É conservar a amizade.
O dia não é propício
A que insistamos à toa,
Mas há de sair daqui
Qualquer coisa muito boa.
O pobre deste escrevente
Suspira mui desolado,
Vendo que vai demorar
P’ra algo ser aproveitado.
Porém, que não desanime,
Pois a vida continua:
A luta é doce e renhida,
Quando est’alma toda nua
Nos demonstra o que é essa vida.
Se nosso bom companheiro
Se lembrar de antigamente,
Vai ter de verificar
De que modo se apresenta,
E comparar, logo após,
Com o que lhe sucedia
Nos primeiros arremessos
Que lhe deram alegria.
Era assim mesmo que vinham
À sua mentalidade
Certas idéias corridas
Cheias de necessidade
De mais aperfeiçoamento.
Entretanto, o pensamento
Era exatamente escrito,
Para depois merecer
O apanágio de bom grito
De satisfação e amor.
Ou a rápida olhadela
Demonstrava bem tristeza,
Já que o que era beleza
Ficava longe dali,
Da mesma forma que ocorre
Com tudo o que hoje aqui
Está sendo lentamente
Passado para o papel.
São versos mil a mostrar
Que não é dando a granel
Que se irá arregimentar
Algo de muito valor.
O que se pode aprovar
É este esforço tenaz
Que traz um pouco de paz.
Até chega a parecer
Que nosso ideal de amor
Irá ser cumprido um dia,
Por essa dedicação
Que depositava o irmão
Ao trabalho que fazia:
“Água mole em pedra dura...”
Se não estiver cansado,
Prossiga um pouquinho mais,
O suficiente, talvez,
P’ra atingir o fim da página.
Recolho-me temeroso
De não ter sido bondoso,
Porque não está este irmão
Cuidando de algo valioso.
Poderia estar fazendo
Algo bem mais proveitoso,
Ao invés de ir ficando,
Aguardando, com paciência,
Que chegue o fim desta folha.
Eis que aqui chega afinal
A rima que nos faltava:
Ao iniciar, a garrafa
Estava com a boca aberta,
E o que vai ser bom p’ra ela?
— Vamos ver quem é que acerta —,
Pois, se vai rimar com folha
Só pode ser uma boa
E definitiva rolha!
(Mas que rima mais caolha!)
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