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Poesias-->Caimbé -- 19/07/2003 - 12:26 (Raul Pinto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Caimbé



O habitat e simbolismo



Caimbé, caju, murici...

Lavrado, tapiz verdeal,

Cabelos d’água, capim.;

Chão acidulado, sal.



Baixadão crespo aguado,

Lago, aninga, igarapé...

Outeiro, campo estiado,

Firme bordão do Caimbé!



Caimbé é duro bastião,

É lábaro do lavrado,

Pégaso desta canção,

Ginete indômito, alado!



Plantado na firme mesa

Dos verdes campos gerais,

Atalaia atenta, acesa

À passagem dos mortais!



Mandacaru do lavrado,

Caboclo de fibra forte:

Campo seco desolado,

Enfrenta verde a morte!



A presença da ignorância



O homem, tosco animal,

U’a touceira de capim,

Um gesto irracional

E fogo, e caos, morte enfim!



Cabelos secos em fogo,

Capim frige combustão,

Destrói tudo sem rogo,

Vida a tisne em elisão!



O guizo da cascavel,

Armado ao infenso fogo,

É um bombeiro novel,

Queimado no grande jogo!



Na toca, morre o tatu,

Tamanduá em extinção,

Chora o Mandacaru

Seivas em ebulição!



O renascer



Das cinzas a vida flora

Nas primícias das chuvas,

Cantos despertam a aurora,

Asas revoando em curvas!



Das utilidades do Caimbé



Abrigo em tenros gravetos

Da juriti solitária

Que a outro arrulhar, em dueto,

Entoa nostálgica ária...



Folhas, lixas, cunhantã,

Cinza, negror de panela.;

Tronco lenhoso, manhã,

Curumim em feixe atrela...



Lama, motor, atoleiros,

Galhos e troncos atritam

As rodas de aventureiros

Que de alívio palpitam!



Rogos a Caimbé



Se à seca és incorruptível,

Este teu maior galardão!

Diga ao poder infalível

Que falha é probo ser não!



Se dos campos és um forte,

Da natureza um pendão,

Mostra ao poder da coorte

Que miséria tem solução!



Sem ética não há rumo,

A desigualdade grassa,

A chaminé solta o fumo

Além dos haustos da massa!



Caimbé, caju, murici...

Lavrado, tapiz verdeal,

Cabelos d’água, capim.;

Chão acidulado, sal.

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