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| Poesias-->a fábula -- 25/07/2003 - 04:23 (maria da graça ferraz) |
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O polvo e a Lula
gracia scripto
No mar brasileiro
verde- amarelo
as formas de vida
acenavam tranqüilas
em doce ciranda
como uma viva bandeira
Exceto o Polvo
Exceto a Lula
Porque ambos amavam
uma estrela
O polvo cansado
e velho sonhava-a
azul...cintilante
em algum lugar lá de cima
a girar...a girar...
desimpedida
na carne fria
da noite-coisa desconhecida
E a Lula - pobrezinha!
contentáva-se em amar
a estrela-do-mar
que dela fugia, arisca,
para dentro dos recifes
Ambos sofriam...
Então, decidiram
ser amigos
E uniram-se!
Pareciam-se ?!?!
Pela dor, semelhantes
Mas, tão distantes,
pelo tamanho do amor
O polvo amava
o desvario de uma estrela
alta que existir,
talvez existiria
E a Lula amava
a estrela dali mesmo
que por lá nadava
Ingênuo Polvo
Tola Lula
Tão puros!
Tinham uma só cabecinha
para oito braços
Mas, enquanto olhos
do polvo iam para cima.;
os da lula, para baixo
E ambos sofriam
por algo que sabiam
não poder possuí-lo:
" A sabedoria
de escolher e de ser o escolhido"
E perdiam a vida
E Tu nãos precisas
concordar comigo não
Quem me contou isto
foi um "tubarão"
que com a mesma boca
comeu os dois às duas horas
Pobre Polvo
Pobre Lula
E pensar que o único erro
deles foi amar
uma estrela
Pensar pouco
Sonhar demais
" qualquer semelhança
com fatos reais
NÃO SE TRATA
de elementos coincindentes"
É sacanagem mesmo!
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