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Poesias-->na ponta da língua os novos dízeres -- 25/07/2003 - 09:53 (joão manuel vilela rasteiro) |
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na ponta da língua os novos dízeres
que embriagam o mármore antigo
onde dança a agonia do sol da manhã,
o cio das palavras à sombra das máscaras
onde tremem corpos de mil presságios,
prenunciando a fúria dos animais
que em silêncio nos retornam e caçam
invadindo as águas e tornando-as salgadas,
subtil paisagem colada às raízes do corpo
como a luz que se tece das candeias
e é depois desfeita e lentamente reabsorvida
pois a memória será o sopro de todas as coisas,
uma fala indestrutível devolvida à boca
alimentando-se na abundância de pólen e orvalho
como se ao morrer a abrissem ao meio
fazendo verter um pouco de sangue sobre a terra,
enquanto a boca se afunda na polpa dos pulmões
porque a morte é apenas um poema sem voz
emparedado na vida das flores-de-lua em novembro.
in,inédito - 2003 |
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