A balbuciar indefesa, quando a minha te bebe e descobre a tua fome.
Fome de corpo, em horas tão passageiras,que lembranças nem se pode versar.
Cada dentada, que abraça a tua carne, de ponta cabeça resvala uma força a me negar. Negar o gosto, que falta pra nortear o caminho do mel envolto nesses teus seios tão rígidos,quanto expostos ao vento dessa minha íntima necessidade.
Não é maldade!
Ah! Essa insanidade!...Beijar a tua pele ouvindo os teus sussurros agonizando feito gozo na harmonia da garganta, enquanto as tuas mãos, sob a manha, me fere as costas querendo me amar.; enquanto o teu coração acelera no calor profano do quarto, sem querer parar.
Essa mulher, por tudo que for...É um animal na escuridão das horas,
Essa mulher, por tudo que for...É uma flor angelical no véu da manhã.
Essa mulher...Nunca vi coisa igual.
Eu quase posso sentir, além dos meus lençóis a febre da tua cama, quando tu deitas,
O cheiro da tua nudez e o toque da maciez dos teus carinhos.
É, mas fica só na ânsia dessa vontade, que não passa de fantasia da idade, desse lobo solitário.