AMOR MALDITO
No escracho do teu sarcasmo
Tentastes esconder o pasmo,
Que te causou este amor
Holocausto
Escravo da própria dor,
Que já o fez nascer pecador
Na margem deste amor sem pudor
Te fizestes caça e caçador,
No medo de ver traído este querer
Que te fez vítima e bandido,
Deste amor maldito
Hoje tua única companhia
É a solidão que te debates em delírios,
Na ânsia de encontrar o caminho
De volta deste amor calhorda,
Que assaltou tua mente torta
No silêncio da noite escura
Te entregas a uma breve disputa:
Enfrentar esta paixão oculta
Com todo o peso da tua culpa,
Ou engolir o veneno amargo e mortal
Deste amor imoral
No inferno que gritas meu nome,
Neste penar sem tamanho,
Esqueces que não fostes homem,
Para assumir os riscos e conflitos
Deste amor antigo,
O que antes era apenas proibido,
Morreu pelo silencio do teu grito
Na covardia do não dito
Além de proibido, tornou-se maldito.
MORGANA
Rio de Janeiro, 06/09/03.
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