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Poesias-->Resto de Sal -- 26/07/2003 - 09:00 (José Ernesto Kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Teste o vão,

sem pender para

o azul.



Escorra na pedra

lavada,

o resto de sal.



Modifique a chegada,

refaça-se no sol e na chuva,

deixe a levedura do tempo

banhar seu corpo alvo.



Sem remoçar, sem envelhecer -

isso é coisa do mortais.



Debruce na escada

da casa dela.



Sorria para a esperança

de seus lábios.



Ela,vasta de sexo,

e ágil mo manuseio

do meu pecado,

o espera

em seu colo

toda de azul-anil.



Seja vigoroso e não

permita reis nem rainhas

no sopro de sua cama.



Afinal, você é ela,

ela faz você!

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