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Poesias-->A morte de um índio e outas mais -- 02/08/2003 - 18:44 (Leon Frejda Szklarowsky) |
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A MORTE DE UM ÍNDIO E OUTRAS MORTES MAIS
(Publicado na Internet e na revista Brasília, Reis de Souza, junho / julho 1999)
Leon Frejda Szklarowsky
Em homenagem a todos os índios e seres humanos mortos
Em homenagem a todas as famílias dos mortos e às outras famílias mais
Tu choraste em presença da morte?
Na presença de estranhos choraste?
Não descende o cobarde do forte.;
Pois choraste, meu filho não és!
Assim cantou GONÇALVES DIAS,
Em I Juca - Pirama.
Assim chora o povo machucado
A morte de um índio queimado.
E assim se passam os dias,
E assim se esvaiu o sangue
De um pobre índio torturado,
No holocausto, já exangue!
Mas a violência aí não para.
Na Argélia maometana,
Mulheres, homens e até criança,
Perdem a vida, perdem a esperança.
No oriente de Jerusalém,
Irmão contra irmão se atraca.
Na Europa, o povo não mais sorri.
Na rica América, na pobre América,
Na solidão da África,
O incenso da solidariedade
Em vão crepita, arde,
Em busca do não sei quê!
O homem despe-se de sua dignidade
E amarga sua espiritual fragilidade,
Afundando, célere, na vida mundana.
E, glória, e Deus, que até, então, vivi,
Está longe, bem longe, do ser humano.
Por que? E disto não me ufano.
Mas que acontecerá
Com a humana gente?
Não! Não! Deus existe,
Porque estou presente!
Por que tu estás também,
Por que Ele é onisciente
E me dá força e clama:
Vai, vai, em frente,
Não esmorece, porém!
Sê forte, porque a chama
De tua pobre alma
Continua acesa.
E tua pobre gente
Um dia se erguerá
E não mais se matará!
E, então, a lei divina
Que manda amar
E não matar
Ecoará soberba!
BSB 24 abril 1997
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