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Poesias-->Concepção do riso... -- 04/08/2003 - 16:34 (Marcos Allan Ferreira Gonçalves) |
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Um mar em minha fúria,
Lágrimas despendidas em um soneto.
Um mar, a fúria...
O soneto, em canção...
É o abraço em paz que quero apertar
E contra o peito os sentidos apurar...
Um súbito transe na doçura adormecida,
Que nem o falso sorriso pode arrebatar...
Um crime a olhos vistos no lacrimejado olhar
Estampado na pueril face da criança que clama pão,
Esse momento, não quero proclamar...
Quero a dádiva de conceber o riso,
Fruto da fé no trabalho do homem,
Fruto do amor e crença na ciranda vida...
Quero a flor se abrindo nesse riso fácil,
Nesse riso doce, nesse riso puro...
Valsar livremente,
Ainda que de vã esse momento nada tenha...
Somente aconchegar nos braços,
Cada súplica, como se rotineiro fosse o ato de fato...
Adormecer em sã consciência
E renascer malino com a manha de menino...
E de um todo, e tão só... conceber o riso...
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