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| Poesias-->Miragem -- 08/08/2003 - 17:45 (DEMA) |
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Mar aos ouvidos meus me sopra.
Ouco tua voz. Aos ventos apenas, choro.
Te encontrar e uma tortura.
E como se todos os meus sentidos florescecem. Como num transe,
sua beleza suga os meus sentidos.
O ar procuro, mas isto ja nao mais importa. Asfixiado, morro ao te ver.
Respiro o ar que exalas.
Encontro a sabor de teus labios,
E neles me afogo.
Es puramente tu. E isto de muito me basta.
Nao es deusa coisa nenhuma.
Es tu, ser humano defeituosamente perfeito.
Sem alma, espirito ou sangue, so corpo carnivoro.
Deixai este momento envolvernos...
Como fenixes, ressurgiremos em delicias.
Ouca as vozes neste rio de loucuras!
Chamam por nos...
Agora q a vida ja nao me importa,
e morto estou, visto q nao mais respiro,
ataco a mimica do mundo, e experimento toda
a pureza de todos sentidos...
Estou em paz...
Venha e vivamos estes momentos eternos,
mutuos sorrisos dividiremos,
e acima do mundo voaremos.
Cansado estou de suplicar...
Deixai minha voz ao vento carregar...
E quem sabe um dia a dor acabar...
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