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Poesias-->SUA MAJESTADE, A ÁRVORE -- 23/09/2000 - 19:34 (LINDAMAR C. CARDOSO DE MELLO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
SUA MAJESTADE, A ÁRVORE





Ouço um leve murmúrio de dor e tristeza...

O que será que está acontecendo com a Natureza?!?

Antes era tudo uma maravilha, uma grande beleza!

Hoje vejo tanta maldade, tanta frieza...





Quantas árvores destroçadas

Rolam sem vida e tristes pelo chão.

Com dureza e com maldade são arrancadas,

Até a raiz, num só puxão!





QUEM É VOCÊ, PEQUENO GRÃO?!?





Sou somente uma pequena semente,

Daquela que morreu tão indiferente...

Chorou, gemeu, gritou, na minha frente,

Quando lhe amarraram uma forte corrente

E a derrubaram, sem dó, de repente.





Um grande monstro decepou-lhe a vida,

Rangendo dentes, sem uma única despedida...

Uma enorme moto-serra tirou sua preciosa vida,

Causando-lhe dores e inúmeras feridas...





Veja quão pequena eu sou!

Mal me enxergas na palma da tua mão...

Sou igual àquela, que há 20 anos, aqui morou,

Embaixo de um punhado de terra,

Que alguém, por ventura, lhe jogou...





Esse pequeno pedaço de tronco, que dela sobrou,

Era uma enorme árvore, que muita alegria espalhou...

Muitos bons frutos, ela carregou.

Muitos amores, ela ocultou.

Muitos corpos, ela abrigou.

Muita sombra deu, muitos segredos guardou...





Se olhares atento pelo chão,

Hás de encontrar algum meu irmão...

Pegue-nos e nos coloque no chão,

Embaixo de um pequeno e amassado torrão.

Dentro de pouco tempo, então,

Verás que tudo não foi em vão...





Logo que a chuva nos molhar,

Bem depressa, iremos brotar.

Com alegria e amor, faremos a vida voltar

E tudo, à nossa volta, irá de novo brilhar!





Com poucos dias, nossas folhas irão aparecer.

Bem depressa elas irão crescer.

Meu frágil corpinho, logo, irá endurecer

E forte irá para o Céu se erguer...





Vou demorar uns bons anos, para igual ser,

A essa minha árvore-mãe, que acaba de morrer.

Por causa da ganância de certo ser,

Que quer com o sacrifício da Natureza, enriquecer...





Esquece ele, que somos nós que o ar purificamos.

O mesmo ar que, de graça, a ele, damos.

Que nem a sombra, dele lhe cobramos.

Que vem de nós, os bons frutos,

Que sua fome, lhe saciamos...

Com a nossa frondosa copa, lhe abrigamos,

Dos ventos fortes, da chuva e de outros danos...

E, tudo o que tem de bom na linda Natureza,

Somos nós, que de coração, lhe ofertamos!





Lindamar C. Cardoso de Mello





http://www.jolymer.hpg.ig.com.br/sua_majestade_a_arvore.htm







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