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Poesias-->METAMORFOSE -- 20/08/2003 - 06:17 (MARIA HILDA DE J. ALÃO) |
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Nasceu menina, mistério da vida,
Que dura um breve momento
E quando chegou a puberdade, que tormento,
Via-se ave feia de alma ferida.
Era assim que se sentia: sombra despercebida,
Triste, olhando o corpo magro em desalento,
No espelho, que era seu martírio lento,
E não via a graça da beleza pretendida.
E hibernava em sonhos de amores,
Viajando, vencendo distâncias no espaço,
Depois, cansada, deitava-se em um regaço,
Buscando consolo, alívio para suas dores.
Sem perceber, medrava ao longo dos anos,
Desabrochando um jardim por baixo dos panos,
Metamorfose do casulo em borboleta vaporosa,
Feio botão a abrir-se em magnífica rosa.
20/08/03.
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