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Poesias-->O SANGUE NEGRO -- 23/08/2003 - 07:08 (MARIA HILDA DE J. ALÃO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Intocada, bela, com tantos predicados,

Com manto azul vagando entre as estrelas,

E feliz por companheiras tê-las,

Desprotegida, teve seus tesouros saqueados.



Virgem, com a serra foi desnudada,

E com violência as entranhas estupraram,

Não contente com o quê encontraram,

Com química letal teve as veias envenenadas.



Vorazes, sugaram-lhe o sangue negro,

Os vampiros criados em seu regaço amigo,

Que enlouquecidos não viam o perigo

Da dança do saque em grande alegro.



Fizeram-na, da ganância, prisioneira,

Rasgaram-lhe o seio e sacaram o coração,

Moldaram jóias e puseram em exposição

Para satisfazer a vaidade de qualquer maneira.



Vilipendiada, sua estrutura enfraquecia,

Sem a amenidade das estações, tornou-se frígida,

Hostil a qualquer tipo de vida,

Escureceu total, o dia não amanhecia.



Deixaram-na agonizante, exposta às intempéries,

Erodida em seu cerne, perdeu o encantamento,

E, depois do crime, voltam os olhos para o firmamento,

Buscando outra Terra para as matanças em séries.



23/08/03.





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