Usina de Letras
Usina de Letras
19 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63232 )
Cartas ( 21349)
Contos (13301)
Cordel (10360)
Crônicas (22579)
Discursos (3248)
Ensaios - (10681)
Erótico (13592)
Frases (51756)
Humor (20177)
Infantil (5602)
Infanto Juvenil (4948)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141311)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6356)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Esperarei até às janeiras... -- 24/08/2003 - 17:58 (Cristina Pires) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Esperarei até às janeiras…

14/08/2003











Ao longe, avistei-o no alto do soberbo outeiro,

No meio do esplendor das folhas das videiras!

Ia ele, hirto, como os troncos das azinheiras,

nos córregos pedregosos, ia lampeiro.



Lá vai ele, o meu orvalho matinal ! – disse eu

enquanto colhia as azáleas outonais

(continuo a beber o rocio dos seus ais),

Lá vai ele, pelos claros montes de Viseu.



Lá vai ele, silencioso, como o rio Dão,

Bebericando, no horizonte, as pastorinhas

(como eu bebo, nos vales, as suas castas vinhas),

De olhar disperso, lá vai ele, sem razão.



Ah ! Queria eu viver nos seus olhos perdidos,

Deixar de profanar a sua vil solidão,

Pensar que me acolhe, como o Mondego o Dão,

No leito dos vales profundos e rendidos !



Ah ! Quem me dera poisar no seu regaço,

Como as andorinhas poisam nos seus anseios,

Ser o ribeirinho que segue os seus passeios,

Adormecer na mortalha do seu abraço !



Mas ele não me vê, por entre as castas videiras,

Nem me sorve, como a água cristalina,

Nem me dedica a mais bela cavatina !

Esperarei!...Até que me oferte as janeiras !











Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui