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Poesias-->Olhos da Noite -- 05/09/2003 - 13:45 (Roberto Ponciano Gomes de Souza Júnior) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Olhos da Noite



Pedinte, assim teus olhos se aventuram

No flanco do meu apreço

Jóias de desejo amargo

Contam teus corte na pele

De navalhas cega que decapitaram

Mil vezes tua alegria menina

Hoje uma melancolia adulta

Num corpo fatal de curvas

E desejos, e seios de gula

E boca de emboscadas e labaredas



Teu olhar é um grande abismo

Uma ameaça de amor

Armadilha de tranças

Redondilhas, como risos

Como noites e chopes e copos e violão

E vozes,

Tuas pupilas são estas tuas mil noites

Que homens matariam para sobrevoar

E para gritar acordados te devorando

Teu cio cheiroso de cadela

Que negas e não entregas

E te ocultas

Dentro da tua alma imensa

Que esconde a devassidão mais pudica

Que tua intimidade em borrasca

Entrega em teus seios a quem a alcança.



És teu mistério, mulher de silêncios

Teu cheiro é um tango letal

No qual me enrosco em tuas pernas

Para adivinhar o negrume viscoso

Que te lança em meu peito de pelos

Com tuas unhas de gemidos

E ásperas, toscas, rudes vilezas masculinas

Que amas e toleras subvertendo os pecados

E reinventando a mentira

Em teus olhos da noite

Que brilham sobre leitos desfeitos

Em que às vezes estou e de resto me cego

Por que te quero quando não te desejo

E quando te penetro já nem sei ao certo

Que gostos de lua carregas

Para me ter quando estou tão longe

E me encantar quando em ti estou dentro

Como um complemento de tuas pernas

Duras torres em que carregas

Estes encantos indecifráveis.



Olhos da noite, tu és negrume

Tu és perfume e suor.

Tu, que tens o livro das bruxas

E cabelos de serpentes marinhas

Transformaste meu desejo num exílio.

És mulher em significado amplo

Por isto mil segredos

Que não compreendo mais devoro

Como se mastigasse teu coração em cada orgasmo

E com isto refizesse as noittes

E hipnotizasse as dores

Quando festejo em tuas cama.

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