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Poesias-->Tempestade -- 05/09/2003 - 13:53 (Roberto Ponciano Gomes de Souza Júnior) |
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Tempestade
Teus ventos e marés chegam até mim bravios.
Mulher de Tormenta, teu sexo em tempestade
De pelos ásperos e fruta ácida
Enche minha boca que te bebe
E te cospe mil vezes para dentro do meu peito
Como se fossemos raio e trovão
Cavalo e amazonas a rebolar num cio infindo
Entre mil gemidos e gritos
Carne entrecortando-se molhada
Quando há um desespero
De se afogar em teu líquido
E sugar-te e chupar-te e colher teus cabelos
Como fruta, com dó, com maestria
Com rima, com ritmo, com música
Com mil penetrações e desfalecimentos
Perdidos nas horas, viajantes do desejo
Esquecidos do mundo
Presos num universo próprio e pessoal
Mergulhados em cio e orgasmo
Como dois astros a reverberar na mesma órbita
Eternamente mergulhados no nosso próprio universo.
Teus mamilos em meus dentes.
Meus dedos te escavando.
Teus grunhidos de loba fazendo minha rocha outra vez crescer
E milhares de vezes mais devorá-la.
Até me perder e viajar
Num gozo impossível
Místico, uno, indivisível.
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