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Poesias-->Tu és Única -- 05/09/2003 - 13:55 (Roberto Ponciano Gomes de Souza Júnior) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Tu és única



Amei, muito amei, meu anjo.

Inconstante fui, naveguei, perdi-me

Sem porto.

Confesso que amei várias em tão diferentes corpos

Uns magros e esguios e fogosos

Outros gordos e voluptuosos.

Amei, troquei, trai, caí, pequei, penei.



Sempre pensando em ti que não conhecia.

Via tuas mãos em todos os toques destas mulheres

E teu sorriso era a ausência demente que me fazia

Enfrentar a noite dentro de outras com prazer e fúria.

O que eu sabia antes de me ocorrer você?

Sabia do fogo, da volúpia, de mordidas e orgasmos.

Ainda nem sabia de tua ausência

Desenhada no meu ventre profunda

Partida de mim mesmo que carrego

Como uma penitência do amor verdadeiro.



Ainda não sabia que um sorriso retido na retina

Poderia ser uma prisão perpétua.

Ainda não sabia que um cheiro pode ser uma maldição

E ficar preso em meu sangue de maneira

Que se reproduza em cada segundo do meu tempo

E o sinta em cada corpo de mulher que possuo

Para me vingar de mim mesmo, exilado de ti

Minha pátria, minha vida.



Foste para mim um pequeno instante de prazer

E como chegaste, sem alarde, partiste

Sem sequer olhar meu pranto cheio

E que inundou tudo que ficou atrás de ti.

Sem que notasses um homem com um copo na mão

E um sorriso absurdo no vazio.



E tua partida, foi tudo que me restou.

Quando deito, ainda sinto teus cabelos pousarem

Inocentes e leves no pelo dos meus peitos.

Absurdamente não tinha pesos

E flutuava a todo instante sobre meu sexo

Se entregava como num parto

E renascias num sonho agarrado, saciada junto a mim.

Eu era tolo, cego, não conseguia penetrar teus olhos

Hoje eles são a única coisa que resta,

Flutuando mil vezes no quarto como a informar teu espírito

Onde quer que estejas,

Da enorme tristeza que este único amor verdadeiro sepultou

Como um cadáver moribundo do que sou, em meu peito bêbado.



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