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Poesias-->Sonhos de criança -- 06/09/2003 - 01:20 (Ernane Calado de Souza Melo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Muitas vezes, quando criança,

Sentado na calçada, em noite fria,

Na sua imaginação inocente,

Céu estrelado, silêncio, três estrelas escolheu

Como companheiras , amigas e confidentes.

Todas eram muito bonitas, cintilantes

E davam àquelas noites motivo e alegria

Para ficar horas e horas a olhar para o céu,

Sob aquele frio de inverno, em clima de montanha.

Cada uma tinha um nome pelo qual atendia

Quando conversavam, trocavam idéias

E estranhas coisas pedia.

Lembra, por exemplo, que queria voar

Para poder ver o mundo do alto das nuvens

E para todos os lugares viajar.

Havia também os pedidos possíveis

E alguns se concretizaram.

“Quando crescer quero ser soldado,

Escritor e engenheiro.

Sei que preciso muito estudar

E não tenho dinheiro.

Mas prometo que farei a minha parte”.

Às vezes, os pedidos mais simples

Eram logo atendidos, outros nunca.

Hoje, entende que sua relação com elas

Era meio lúdica e de amores morria.

Quando não apareciam, sua falta sentia.

Cada uma tinha um nome.

A Rainha aparecia todas as noites,

Estava sempre lhe acompanhando e até parecia o controlar.

Raras vezes não aparecia,

Mas quando isto acontecia,

Passavam-se dias e dias

Sem dar o ar de sua graça.

Era tanto tempo que ficava preocupado

De ela o ter abandonado.

A Vênus não aparecia todos os dias.

Não que não quisesse lhe fazer companhia,

Mas porque era forçada a se ausentar.

Parecia que tinha outros compromissos

E trabalhava muito. Era muito bonita também.

Tinha a impressão que se dependesse dela,

Apareceria todas as noites para conversar,

Trocar idéias, ajudá-lo, ouví-lo e ser ouvida,

Interceder por ele em seus pedidos.

A terceira ficou uns dias sem um nome

Porque não sabia como chamá-la.

Um dia, olhando para o jardim,

Deparou com uma linda rosa vermelha

Que refletia a tênue luz das estrelas no orvalho que retinha.

Seu nome passou a ser Rosa, a partir daquele momento.

Quase não aparecia, mas era de grande influência

Na mente daquela criança, pois a ouvia

Com muita atenção, ajudava nas horas difíceis

E quase sempre atendia a seus pedidos.

Talvez gostasse mais dela do que o contrário.

Uma vez lhe fez essa pergunta e ela deu a entender

Que não era verdade, que gostava tanto dela

Como as outras estrelas e que também iluminaria

Os seus passos na estrada longa da vida.

Só não podia fazê-la voar.

Gostaria também de aparecer todas as noites,

Mas outros elos a prendiam em outros lugares distantes,

Talvez outras crianças precisassem dela também.

Três musas, três amigas, três companheiras,

Acompanharam aquele garoto

O tempo todo, até se tornar adulto.

Hoje, não dava mais tanta importância

A essas coisas de criança,

Não olhava mais para o céu, não tinha noites de frio.

Somente enxergava as coisas materiais,

O trabalho, os problemas do dia-a-dia.

Mas, é sempre tempo de rever os conceitos,

Olhar para trás, ver o caminho percorrido

E voltar a ser criança, ter musas para se inspirar,

Estrelas para conversar, noites para sonhar,

Sonhos para viver.

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