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Poesias-->O Silvo -- 10/09/2003 - 23:24 (Pedro Ivo Ravagnani) |
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São vagos os dias
que acordo.
Melhores seriam
se permanecessem imóveis
como quando morro
Não sinto ânsia,
aquela vontade que se sente
quando se inala
o fresco ar
no quarto inerte
Mas, sim,
toco meu âmago,
quando sangro,
quando dói,
mesmo que de fato
não doa,
não sangre.
Vejo que vivo,
quando desprendo a alma,
e esta viaja longe,
buscando no mar
o sentido da pele,
da carne,
do riso.
Contudo,
Se ninguém
sabe que sobrevivo
após cada ferida,
cada corte,
ou batida,
Se nao ouvem
o uivo que solto
ou da alma
o silvo,
Só me resta viver
até que notem
que ainda vivo.
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