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Poesias-->INTELECTUAL BURGUÊS (e o sonho de ser alguém pelos olhos dos -- 11/09/2003 - 09:48 (thiago schneider herrera) |
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Cara de intelectual ao falar, nada escuta,
Sobre o corpo roupa social que no final resulta
Nada confortável, mas se ser intelectual
É ser social, os mal-ditos que me desculpem.
Sobre o olhar nem o firmamento, pobre de nós
Imaginem só, e a mão, repensados movimentos
Moldam palavras inexatas, inócuas, obsoletas,
E todos fingem atenção, senão ao menos tentam.
E convida para xadrez, naguilé, café com croissant,
Oferece casa na praia, punhalada, a empregada e a irmã,
E tenta agradar a todos, com sorrisos e até amanhãs
Incessantes, indecentes, infelizes, agonizantes.
Parece um mundo feito de náuseas, marionetes,
Um querer bem enjoativo, um dissabor que entorpece,
Um fantasia sem ilusão, um acordar a todo instante,
Uma via de contra mão para quem disso só quer distância.
E o escárnio nunca cessa, e o motejo nunca pára,
É o senhor com certa pressa, é o mendigo que se embriaga,
É o trânsito da janela, é o português da empregada,
Um tiroteio na favela ou Estados Unidos contra adagas.
Tudo é motivo para galhofas, sem saber ao certo,
Que todo dia vêem palhaços mas disfarçam discretos
Atrás de Arte Moderna, comida a la carte,
Teatro de antiga arena com bobos e basbaques.
Essa vidinha...compra-se em lojas de conveniência,
Se achares conveniente, repito, que não é no morro que irá comprá-la
Já escolhi meu caminho, entre erros, acertos e desafios,
Nem a sedução desse mundo fácil me tirou da minha estrada.
T.S.H.
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