LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->MADRUGADA, RELÓGIO, PARANÓIA... -- 11/09/2003 - 09:49 (thiago schneider herrera) |
|
|
| |
Sinto dores,
As vezes náuseas,
Arrepios, tremores,
Medos sem causa.
Meu olhar não pára,
Minha mão desajeitada,
Sem saliva, água,
Sem água, ar, nada.
Sinto presenças,
Ouço vozes,
Tudo vindo de minha cabeça
Essas neuroses.
Transpiração contínua,
Sinto coração na boca,
A respiração é mínima,
E a camisa, minha forca.
Penso em tudo,
Depois de minutos,
Vejo que tudo
É tudo absurdo.
Acedo um cigarro,
Aumento o som,
Tento fazer milhões de “algos”,
Apago o cigarro e perco o tom.
A luz está forte,
Meus olhos cansados,
Parado, torpe,
Mesmo assim, suado.
O relógio a marretar,
Seu tic-tac lento,
E eu a madrugar,
Me sinto entrar no tempo.
Procuro um papel,
Acho milhares,
Um trago de conhaque e mel,
Se conseguir, milagre.
A caneta trava,
A mente agarra,
Não move 1 nada,
E desisto da batalha.
Não posso escrever,
A caneta dança,
Minha mão trêmula balança,
Meu Deus, o que quero dizer???
Acendo meu último
Cigarro do maço,
Essa dor é o sepulcro
De quem optou sempre errado.
E a torneira pinga,
Parece bombas em mim,
A cada pingar minha cabeça cria,
Madrugadas sem fim.
Desisto assim fácil,
Procuro um canto,
Uma lágrima, limpo rápido,
Desisto também do pranto.
T.S.H.
|
|