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| Poesias-->UM SÁBADO QUALQUER -- 11/09/2003 - 09:50 (thiago schneider herrera) |
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Um olho aberto, outro diz que também,
Sorriso esperto que mal se contém,
Num sorrir épico de novela
Traduz algo in-séptico que de dentro opera.
Num dos olhos mentira, noutro enganação,
E o estômago diz que esfria
Diante de qualquer situação, ou
Quando se sente alvo de qualquer algo da vida.
Mas os dentes reluzem o desespero,
As mãos traduzem palavras, erros,
Os passos parecem sem espaço
E o espaço parece um mísero passo.
Já não se importa com a guerra,
Nunca se importou com a floresta,
Já nem liga mais pra aquela
Que lhe trouxe a vida: _Aquela cadela?!?!
A vida se torna banal, e os dias inúteis,
Da semana espera somente o final
Pra tomar vodka, cocaína, conversas fúteis,
E perceber enfim sua insignificância: _Qual???
Tenta pegar um livro, o título: Poemas Sóbrios,
Lê uma linha, um verso, acha tudo carregado,
Tudo drástico, ridículo, mórbido, desesperado,
_Como pude gastar 3 reais com esse filho da puta de Thiago???
O tanque está cheio, no rádio tem rock n´roll,
Meia noite nos ponteiros, mais uma carreira e let´s go,
Na Avenida X queima o chão, no copo Bala 12
Na boate, azaração, _Desculpa gatinha, escolhi a Paty hoje!!!
E depois de alguns uísques, desempenho triste, algumas horas,
Seu corpo, seu ser, sua alma implora,
Pelo amor que tens pelo bom Deus: _Vamos embora!!!
Depois de ver que de bom nada restou, ah, o cara ignora.
T.S.H.
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