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Poesias-->Tudo isso...ao amor -- 01/10/2000 - 02:31 (Erika Bernardo Viana) |
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TUDO ISSO... AO AMOR
Ao tingir de escuro meu cérulo infinito,
meus dias em eclipse, dou-os ao senhor de meus fados.
ofereço – os como o pão que lhe sacia.
Contemplo o vago, percorro os traços, subo os montes,
tão claros, verdes expressões me encantam,
salientam a divindade, meus
olhos aplaudem seu corpo.
Celeste e extremamente ambíguo.
Sinto oblíquo o suspiro, desejo,
deserto em noites de verão
Almejo sentir suas mãos, como conchas,
na opulência do meu ser.
Ouvir a sinfonia serena, as auras ingênuas,
sentir sua voz plena...
Ah, Radiante é o ser saciar-se de amor,
Os cosmos celestiais no universo corporal
Nos deixa em paz.
Da estética retangular de minha janela vejo,
Um imenso, um infindo, seu mundo.
Tua vastidão não cabe em minhas mãos,
Mas poderá aconchegar-se no meu corpo em demasia.
Abrigo em meus braços os afagos fugidos,
Retorno ao meu ser, polivalente, latente.
Sozinha, ledos sonhos em noites desertas, oníricas, etéreas, sublime...
Noites sombrias, vazias, dias tristes, sofríveis.
À sós, na corda bamba, equilibrando-me no martírio da saudade.
Ornamentos, são seus passos voltando ao meu regalo,
Absinto, lírios, rosas, mangas, água da fonte, ouro brilhante
Montanhas rochosas, teu corpo olímpio,
sacristia dos deuses, santuário dos meus desejos.
Resguardo meus segredos para sussurrá-los
ao pé d´ouvido quando quiser.
Erika Viana.
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