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Poesias-->segunda pele -- 16/09/2003 - 10:13 (Valéria Tarelho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
segunda pele

valéria tarelho

releitura de "Do Meu Amor" - Dirceu Walter Ramos





é a fala que ela tem, carregada de balas. doce e munição que tiram meu ar quando estou em sua mira: alvo da ira ou doçura. ela se atira, atrai. atraiçoa.



é esse impasse que ela causa, passa e se instala na face. maquiagem, disfarce, overdose de realidade avon-inventada. miragem-menina que alucina. dá náuseas. amofina.



pode ser loucura minha, adrenalina pura. pode ser minha heroína essa droga de mulher maravilha que busco pelos becos e aspiro noutras bocas. porcaria que alivia, entorpece, excita. poesia que vicia. habita. habitua.



é essa tortura que ela é vagando entre o não sei bem e o bem sei o que é

que me inflige e flajela. dá fôlego se - finge que - vem. afoga, quando não.



a vejo: luz no fim do túnel

anjo demônio

abrigo castigo

que [per]sigo até

fim do mundo

fim de mim

dela [ infernolimboparaíso ]

princípio e fim

de tudo






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