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 | Poesias-->Levitação -- 16/09/2003 - 20:59 (Elpídio de Toledo) |  |  |  |  |  |
 | Clic"ali, oh:=>>>Espaço e silêncio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Se você bem refletir,
 
 se nada não existisse,
 
 só silêncio a agir,
 
 talvez você distinguisse
 
 
 
 que o silêncio só vale,
 
 quando o som aparece.
 
 Caso o som, também, se cale,
 
 e nada se oferece,
 
 
 
 o espaço, sem objeto,
 
 nada significaria,
 
 sem um sentido completo,
 
 você o ignoraria.
 
 
 
 Imagine-se no ar,
 
 no espaço flutuando,
 
 como ponto, devagar,
 
 de consciência, vagando,
 
 
 
 e estrelas não há lá,
 
 e nem galáxias também,
 
 somente vazio há.;
 
 e imensidão não tem
 
 
 
 o espaço desse jeito.
 
 Ele nem lá estaria.;
 
 e não há velocidade,
 
 e nada se moveria,
 
 
 
 não havendo referência,
 
 além do primeiro ponto,
 
 não tem nenhuma valência
 
 querer demonstrar, de pronto,
 
 
 
 que a distância existe,
 
 e, também, velocidade.
 
 E, se espaço persiste,
 
 surge, então, a Unidade,
 
 
 
 a que em dois se transforma,
 
 e em dez mil se desdobra,
 
 e o manifesto forma,
 
 espichando como cobra,
 
 
 
 em espaço infinito.
 
 Portanto, o mundo "pinta"
 
 com o espaço, é dito,
 
 ambos com a mesma tinta.
 
 
 
 Nada poderia ser
 
 sem que espaço houvesse,
 
 e, não é mais fácil crer,
 
 se este mesmo não cresce.
 
 
 
 Mesmo antes deste mundo,
 
 nenhum espaço havia,
 
 vazio, digo rotundo,
 
 pra perder autonomia
 
 
 
 com algo que o lotasse.
 
 Espaço nenhum havia,
 
 e nada que indicasse
 
 coisas, nada existia.
 
 
 
 Só havia Unidade,
 
 o Não Manifesto, só,
 
 e a multiplicidade
 
 d"Ele, qual ouro em pó,
 
 
 
 fez o espaço surgir,
 
 mostrar que estava lá,
 
 pronto para permitir
 
 o existir do que há.
 
 
 
 De onde teria vindo?
 
 Será que Deus o criou
 
 confortável e infindo
 
 pra guardar o que gerou?
 
 
 
 Claro que não. O espaço
 
 é nada, coisa nenhuma.
 
 Incorre em um fracasso
 
 quem com isso se arruma.
 
 
 
 Ele nunca foi criado.
 
 Veja, em noite bem clara,
 
 as estrelas, aos milhares,
 
 isso não é coisa rara,
 
 todas em seus bons lugares.
 
 
 
 Galáxias há, aos bilhões,
 
 todas bem documentadas,
 
 e formam muitos rincões
 
 de estrelas concentradas.
 
 
 
 Ainda assim, mais vale
 
 o espaço infinito.
 
 Melhor que a gente fale
 
 do que não dá nenhum grito,
 
 
 
 do profundo e quieto,
 
 do que às coisas permite
 
 existir, nunca repleto,
 
 e que nunca se omite.
 
 
 
 Nada mais tão respeitável
 
 que a grande quietude,
 
 que o incomensurável
 
 vazio, a Plenitude.
 
 
 
 Aquilo que se apresenta
 
 como espaço pra nós,
 
 na nossa mente assenta
 
 e nos sentidos tem foz.
 
 
 
 É a forma que contorna
 
 o que é Não Manifesto.;
 
 em "corpo" de Deus se torna,
 
 um esplendoroso gesto.
 
 
 
 É este grande Possível
 
 que ao Universo cede
 
 um jeito de ser, visível,
 
 quieto, que não se mede.
 
 
 
 Também, essa quietude
 
 e essa imensidão
 
 existem, como virtude,
 
 dentro de nós, meu irmão.
 
 
 
 Quando estamos inteiros,
 
 e totalmente presentes,
 
 nós O vemos, bem certeiros,
 
 como espaço, cientes,
 
 
 
 em nosso interior,
 
 como espaço sereno,
 
 o espaço receptor
 
 da mente vazia, pleno.;
 
 
 
 dentro de nós é imenso,
 
 mas só em profundidade.;
 
 e só pode ser extenso
 
 na transcendentalidade.
 
 
 
 
 
 Clic"ali,oh:===>>>Como jogar o tênis melhor que o Guga
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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