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Poesias-->FAZER-ME DIFERENTE -- 27/09/2003 - 10:52 (MARIA HILDA DE J. ALÃO) |
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Alijado a um canto, num choro abafado,
Com as lágrimas sulcando-lhe a face feia
Sente o deformado, grande dor que salteia,
Seu coração, como o mar em ondas levantado.
A existência tem sido um furacão irado
Que o rodopia pelos anos e o joga na areia
Onde o riso é um monstro que vozeia,
Atrás de lápide de cemitério abandonado.
Conformado, fala com Deus: - Senhor eu aceito,
Embora sinta, dos meus semelhantes, a fereza,
Porque, fazer-me diferente, é teu sacro direito,
Para que não se torne monótona a Natureza,
Mas deverias explicar, aos meus irmãos, o sentido,
De ser “feito à tua imagem e semelhança”,
Não significa de beleza exterior estar vestido,
Mas ter, no interior, o teu amor, a tua esperança.
27/09/03.
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