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Poesias-->Pelo que não foi dito -- 28/09/2003 - 01:08 (Alyne Roberta Neves Costa) |
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Eu não vou te mandar uma carta de amor.
Eu não vou te dizer até mais...
O que a vida leva, a vida traz...
Eu não vou te pedir perdão.
Eu não vou apagar as nódoas que a dor criou.
O que se faz com o coração é um pulo na amplidão.
Eu aprendi a não andar na contra-mão...
A vida não é reta.
É estrada torta, sinuosa e incerta...
E entre as voltas da vida, os acordes de um violão, a espera, a saudade, as luzes de uma nova cidade.
Quem sabe um coração distraído nas esquinas dos caminhos que virão?
É que eu não costumos sepultar sentimentos...
Eu os transmuto em sortimentos.
Talvez agora você entenda que também sou como você.
Sei chorar, gemer se dor, me expor, beber, sofrer e ligar mesmo sei tem o que dizer só pra receber a punhalada final.
Eu sou guerreira da vida!
Minha luz está na estrada.
Não descansando no ócio infértil de uma almofada...
Talvez agora voc~e entenda porque as vezes visito seu túmulo.
Voc~e morreu.
Você cedeu.
Você mereceu.
E eu?
Aguardo as voltas do mundo pra te abraçar no profundo...
Esperarei suas rugas chegarem...
Seus filhos nascerem....
Seus cabelos brancos aparecerem....
Seus dentes apodrecerem...
Seus egos adormecerem...
Seus encantos renascerem....
Aí, então, olhar seu olho cego de paixão.
E colocar num cristal meu coração.
Porque só o tempo e o sofrimento....
Só a amargura e a candura...
Só muito choro, reza e vela...
Só o preço que se paga pelo que se fez.
Só tragando toda dor de uma só vez.
Só lembrando que hÁ para cada lágrima, um riso.
Cada inferno, um paraiso.
Só e sempre assim.
Amarei o novo e o céu sem fim.
Alyne Costa
Pra quem não sabe receber um telefonema de amor....
27 de SETEMBRO (MÊS DAS FLORES) de 2003 |
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